Caia a manhã com seus orvalhos,
Por entre aquela floresta escura.
Quietas são sempre as sepulturas,
Esquecidas por entre o cascalho.
Perto de uma estrada do vale,
A floresta se faz em seu negrume.
Exalando seus mais torpes
perfumes,
Como o perfume de um baile.
E na estrada, o cavaleiro a
galope
Em busca da donzela adormecida.
Trazendo no peito um envelope,
De uma carta de amor recebida.
E a floresta vai fazendo o seu
frescor,
Por entre a insólita floresta
negra.
O cavaleiro vai além da vida
E o coração segue o seu tambor.
Filipe Didot,
Inverno de 2016
Inverno de 2016
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