domingo, 8 de maio de 2016

Versos Misticos




Caia a manhã com seus orvalhos,
Por entre aquela floresta escura.
Quietas são sempre as sepulturas,
Esquecidas por entre o cascalho.

Perto de uma estrada do vale,
A floresta se faz em seu negrume.
Exalando seus mais torpes perfumes,
Como o perfume de um baile.

E na estrada, o cavaleiro a galope
Em busca da donzela adormecida.
Trazendo no peito um envelope,
De uma carta de amor recebida.

E a floresta vai fazendo o seu frescor,
Por entre a insólita floresta negra.
O cavaleiro vai além da vida
E o coração segue o seu tambor.

Filipe Didot,
Inverno de 2016

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